O movimento independente que se intitula “Movimento Cidadania Covilhã” organizou na passada sexta feira, dia 29, pelas 18h uma conferencia seguida de debate no Anfiteatro I da sede da AAUBI. De seguida puderam ler algumas das conclusões que de lá tirei. Contudo não dispensa a consulta da noticia que saiu hoje no jornal Diário XXI.
Pois é meus caros, estive presente neste “debate”, e falta referir mais umas coisas, tais como “Não é agradável viver no centro da Covilhã”. São palavras de alguma forma graves, que um ex-autarca da CMC disse. Com que cara virá agora o Sr. Carlos Pinto dizer que as soluções estão a ser postas em pratica? Que soluções, pergunto eu? O Srº Miguel Bernardo disse já na sua ultima intervenção, no meio da mesma que as pessoas tinham deixado de ir ao cinema, presumo que se referia ao nosso velhinho Cine-Centro, gostava então de lhe apontar aqui três ou quatro ponto que levaram a isso, o conforto da sala, o estacionamento que não existe em quantidade suficiente para e as dificuldades de acesso aquela zona. Comparemos agora com as condições oferecidas no Serra Shopping… cadeiras mais que confortáveis, temperatura ambiente bastante agradável (não temos que levar a manda durante o inverno, nem a ventoinha durante o verão), estacionamento gratuito em grande quantidade, condições de acesso excelentes para novos e idosos (elevadores e escadas rolantes). Houve mais alguém (peço desculpas, mas não decorei o nome do Srº) que falou de zonas verdes, que onde devia haver não há e com muita razão, nomeadamente o nosso Pelourinho, se existisse mais sombra por lá seria mais convidativo, com certeza, numa cidade como a nossa que é quente demais no Verão. Porque não encher aquilo com árvores de um porte decente? Que permitissem aos pedestres andar e permanecer num ambiente mais verde e mais fresco, combatia-se assim também o betão que assola os centros das cidades. Falou-se em muitas cidades estrangeiras, mas posso falar de uma bem portuguesa, situada no Norte de Portugal, de nome Paredes de Coura, se forem ao centro da cidade (se é que aquilo chega a ser cidade, não sei se não será vila) vão ver variadíssimas fontes e um abundante arvoredo que permite que toda a gente por ali circule sem grandes problemas.
Outro ponto interessante foi a habitação, que toda a gente diz degradada, em completa ruína e os ainda moradores assolados pelo modo de vida universitário. Ora se vivemos numa cidade que vive praticamente dos universitários (sim porque aqui o turismo é aquilo que toda a gente sabe e na minha opinião nem turismo se pode chamar ao que se por cá faz, é de salutar iniciativas como a da Adriventura teve agora ultimamente de um turismo ambiental) e se o pólo principal da UBI se encontra praticamente dentro do centro da cidade, porque não criar nas zonas em que estão habitações abandonadas ou degradadas, casas para os estudantes, espécies de Republicas como existem em Coimbra, poupavam-se uns milhares jeitosos a fazer residências como a do Ernesto Cruz e reabilitava-se uma zona que se diz “despovoada”. É claro que a vida nocturna iria assombrar muita gente, mas são pessoas que tem uma esperança de vida já muito reduzida, não pretendo com isto descartar essas pessoas de forma alguma, mas acho que temos que começar a pensar num futuro e não apenas num presente. Acho que esta é uma das opções mais viáveis numa cidade universitária, em que durante 10 meses por Ano vivem cerca de 5mil a 6 mil pessoas que são estudantes universitários.
Os transportes e a mobilidade foi outro ponto focado nesta “conferência”, toda a gente se queixa que não há lugares para estacionar os carros gratuitamente. A minha opinião é que nem sequer devia existir estacionamento no centro da cidade, mas devia sim criar-se opções viáveis para que as pessoas se pudessem deslocar confortavelmente até ao centro. Autocarros em condições, com horários que não fizessem os clientes esperar uma hora para poder apanhar um autocarro. E NÃO aos ascensores/elevadores, previstos para a cidade. Porque não optar por um tapete rolante, como já existe em muitas cidades (os que conheço existem em Lisboa e existe um em Barcelona), mais barato de certeza e com custos de manutenção bem menos elevados quase que aposto, até porque acredito que existam sistemas que só o façam movimentar através de sensores de peso ou um simples botão. Estavam assim criadas muitas facilidades para que existisse uma deslocação mais rápida e mais confortável até ao centro da cidade, para além de mais ecológica (imaginem a energia que não se ia poupar com um tapete rolante do género).
Estas são as minhas humildes opiniões, que tenho a certeza vão cair em saco roto, mas eu tentei e fiz a minha parte. Todas as ideias surgiram de conversas de cafés, vejam portanto que os jovens não se interessam apenas por “cafés e vinho verde”, mas também pela sua cidade.
Nota:. Este texto foi escrito no seguimento da noticia do Diário XXI, que foi posta no blog Máfia da Cova, por isso o inicio parecer algo confuso. Lembro mais uma vez que não dispensa a leitura da noticia que pode ser lida aqui.